A nossa Terapeuta da Fala Ana Rita da Silva Alves deixa alguns sinais que podem evidenciar a necessidade de avaliação e/ou intervenção!

Sinais de Alerta:

  • Omissão ou troca de sons;
  • Não compreende ordens nem perguntas simples;
  • Não faz pedidos;
  • Utiliza um vocabulário pouco diversificado;
  • Cansaço quando fala;
  • Rouquidão;
  • Gaguez frequente ou periódica;
  • Fala pelo nariz;
  • Baba-se com frequência;
  • Não consegue soprar;
  • Dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita;
  • Erros;
  • Troca de letras;
  • Leitura lenta, sílaba e sem entoação;
  • Não compreende o que lê.

– “É uma criança muito imatura”

– “Não ajuda nada em casa e é preciso estarmos sempre a lembrar dos trabalhos de casa”

– “Se não formos ver o caderno, nem sabemos quando tem teste”

– “Até se esquece do saco com o equipamento para a piscina”

Estas são algumas das afirmações que os pais mais repetem no momento em que procuram ajuda ou aconselhamento terapêutico.

Hoje deixamos algumas dicas que podem ser adaptadas a crianças e jovens que apresentam dificuldade em cumprir uma rotina, respondendo a todas as exigências e responsabilidades.

  • Devem ser sempre valorizados os comportamentos mais assertivos e as conquistas pessoais;
  • É importante criar espaços e horários de trabalho. Deve existir um espaço definido para estudar, diferente do espaço para brincar, ou para descansar. Esse mesmo espaço deve ser tranquilo, sem estímulos auditivos ou visuais (ex. TV ou jogos). A estruturação de espaços e rotinas é essencial à organização;
  • É essencial conhecer os ritmos da criança / jovem. Não é agradável para a criança, ou até mesmo para os pais, a permanência numa tarefa por períodos de tempo superiores à sua tolerância. Esse tipo de situações pode gerar conflitos emocionais, como a frustração ou o sentimento de incapacidade;
  • Se os pais acharem prudente, podem construir em conjunto um calendário ou agenda, onde serão incluídas todas as atividades curriculares e extracurriculares da criança / jovem e até mesmo dos pais. O calendário pode aumentar o peso da responsabilidade, tornando-se uma prova concreta daquilo que ainda está por fazer. Esse mesmo calendário pode servir de apoio à preparação diária da mochila escolar e dos equipamentos das atividades extra-curriculares;
  • Sempre que possível, a criança / jovem deve ser envolvida nas atividades familiares, como por exemplo: meter a mesa, fazer a cama, arrumar as roupas, preparar o lanche, de modo a promover a sua autonomia;
  • O cuidado diário e o sentido de responsabilidade para com um animal doméstico, um jardim ou uma horta pode ser benéfico para o amadurecimento emocional da criança, e mais tarde refletir-se no seu comportamento face o contexto académico.

Devemos deixar que os bebés durmam com um boneco? E as crianças mais crescidas também podem adormecer com um boneco?

Aqui fica a dica da nossa especialista do Sono Infantil, a Enfermeira Filipa Carapau.

O sono para alguns bebés/crianças é um período muito delicado, e que ocasionalmente pode despertar o sentimento de insegurança no mesmo. Deste modo, o boneco pode ser um objeto mediador que transmite calma e segurança, fazendo com que a criança não se sinta sozinha. Este objeto pode ser um boneco, fralda de pano, ou outro acessório pela qual a criança revela preferência.

Sabemos que a maioria das creches, pede um boneco de referência do bebé, certo? É para isto mesmo, para que o bebé se sinta seguro.

Podem introduzi-lo a partir dos 6 meses, tendo em consideração o seu tamanho e a sua permanência durante o sono. Após adormecer, o boneco deve ser retirado do berço por questões de segurança. A partir dos 12 meses, o bebé pode dormir com o boneco a noite toda, uma vez que esta situação já não coloca em causa a sua segurança.

E as crianças mais crescidas?

Se a criança mostrar preferência por um dos seus bonecos, esse pode ser o escolhido para acompanhá-la durante a noite.
Caso não haja um boneco especial, o cuidador pode escolher um e oferecê-lo na hora de ir dormir. Mesmo que no início a criança mostre indiferença, ou recuse o mesmo, é importante que o cuidador não desista e continue a deixá-lo junto da criança.
Enquanto cuidadores podemos utilizar o boneco como auxilio na hora do deitar. Podemos tratar o boneco da mesma forma que tratamos a criança. Dar um beijinho de boa noite, tapar e aconchegar, falar para ele ❤️… ou seja, incluir o boneco na rotina de sono da criança.

🔅 Última dica: Se correr bem e a criança estiver a adaptar-se a esta rotina, é importante a existência de mais do que um boneco igual. Acidentes acontecem e a perda deste elemento pode causar grandes transtornos.

As dicas da nossa Psicomotricista Rita Filipe.

A escrita, tal como a leitura e o cálculo podem ser consideradas “ferramentas” essenciais nas aprendizagens académicas, uma vez que interferem no desenvolvimento e no desempenho de todo o percurso escolar.

A Psicomotricidade é muitas vezes procurada pelas questões da escrita, sendo a caligrafia desarmoniosa uma das queixas recorrentes de pais e professores.

A aprendizagem da escrita é de todo muito mais complexa do que pode parecer. Isto porque fatores como a postura, a adequação do tónus, a percepção visual, a noção do corpo, a lateralidade e a coordenação global podem influenciar todo o desempenho ao nível da motricidade fina. A gestão das emoções, nomeadamente o controlo da ansiedade e da impulsividade pode ainda interceder na performance da escrita (assim como em todas as outras competências académicas). Para aprender a escrever é preciso antes desenvolver as sensações e para isso há que experimentar várias vivências. Nesta geração digital, em que o deslizar dos dedos sobre um ecrã, oferece todo um mundo de estímulos, é importante promover as sensações básicas, bem mais enriquecedoras do ponto de vista motor. Antes de procurar adaptadores de escrita e outros moldes, há que amassar com as mãos, mexer na terra, rasgar papel, brincar com plasticina, montar legos, picotar desenhos, pintar com os dedos e com os pincéis, usar os lápis de cera, o giz e os lápis de cor, há que sujar as mãos e experimentar várias texturas.

Quando os pais / professores questionam sobre qual o melhor adaptador de escrita que devem utilizar, há que ter em consideração que o processo de familiarização com o adaptador acaba por ser muito semelhante ao processo de adaptação ao lápis. Neste sentido, o adaptador de escrita não traz grande vantagem. Ainda assim, os adaptadores de escrita podem ser recomendados em situações específicas, tais como limitações físicas ou condições neuromotoras que alterem o tónus (ex. paralisia cerebral). Nestes casos específicos, existe uma variadíssima oferta, que para além de promover a funcionalidade, podem motivar o “aprendiz” pelas suas cores ou formas.

Aqui fica a dica da nossa Enfermeira Julieta Justino.

Tempo de bruços ou “tummy time” é o termo usado para incentivar os pais a colocarem seus bebés de bruços sob supervisão de um adulto.

As recomendações de segurança para dormir de barriga para cima, fomentou algum medo nos pais pelo risco do Síndrome de Morte Súbita, e com isso a incidência de plagiocefalia (achatamento da cabeça) e atraso no desenvolvimento motor aumentou consideravelmente, pesquisadores acreditam que se deve ao facto dos bebés estarem a passar tempo demais de barriga para cima. Deste modo a actual recomendação da Academia Americana de Pediatria tem sido “Back to Sleep – Tummy to Play”, ou seja, por segurança, dormir de barriga para cima e brincar de barriga para baixo.

O tempo de bruços torna a coluna flexível e incentiva a força e a coordenação dos músculos que a sustentam, relaxa a barriga da criança e, ao fazê-lo, ajuda o bebé a libertar ar.

Quanto mais cedo começar, mais familiarizado o bebé fica com esta posição. Devemos começar com algumas etapas fáceis e que falarei noutro post, de modo a que o bebé se liberte da flexão fisiológica imposta pelo útero e só depois passar para posição de bruços no chão, de forma a que esta seja uma experiência bastante positiva.

Aproveitar um momento em que o bebé esteja de bom humor – depois de trocar a fralda ou após a sesta, por exemplo. Isso vai tornar a prática mais eficaz e agradável.

O bebé aprende a controlar o corpo de cima para baixo, assim ele sente necessidade de levantar o pescoço para olhar ao redor, apoiando os antebraços primeiro, depois as palmas das mãos e, em seguida, ele consegue agarrar os objectos.

Posteriormente ele apoia-se na barriga e finalmente, o bebé fica na posição 4 apoios para puder gatinhar. Se o bebé permanecer somente deitado de costas essa evolução pode não acontecer.


Aqui fica a dica da nossa Fisioterapeuta Carla Boto Rocha especializada em Fisioterapia Respiratória Pediátrica.

São inúmeras as vantagens da lavagem nasal, e se realizada diariamente, melhora substancialmente a saúde nasal e sinusal do bebé.

  • Limpa o muco, reduzindo as secreções e a obstrução nasal;
  • Permite a drenagem das cavidades nasais, ajudando na eliminação de bactérias substâncias irritantes e poluentes, alergénios, vírus e outros contaminantes;
  • Ajuda na prevenção de infeções respiratórias superiores;
  • Alivia a secura nasal, humedecendo a mucosa;
  • Melhora o olfacto e o paladar;
  • Ajuda no tratamento da rinite e da sinusite;
  • Reduz a tosse provocada pelo gotejamento nasal posterior;
  • Promove uma respiração mais profunda e relaxada;
  • Ajuda na ação dos medicamentos administrados topicamente;
  • Ajuda na prevenção de otites provocadas pelo acúmulo de secreções;
  • Melhora a qualidade do sono.

Na consulta de fisioterapia respiratória pediátrica é possível aprender a realizar a lavagem nasal de forma segura, com o kit de lavagem adequado à criança e às suas necessidades.

Desenrola – Centro de apoio ao desenvolvimento infanto-juvenil e parentalidade.
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